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12/09/2025
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Suicídio, precisamos falar para evitar!

    Todos os dias, 32 brasileiros tiram a própria vida. Um milhão de pessoas se matam por ano, uma morte a cada 40 segundos – são mais vítimas que todas as guerras, homicídios e conflitos civis somados. E, para cada morte por suicídio, existem outras 10 ou 20 pessoas que já tentaram fazer o mesmo; para cada suicídio na adolescência há entre 80 e 100 tentativas que não deram certo. Talvez você nunca tenha ouvido falar nesses dados desoladores. É porque o suicídio costuma vir acompanhado de um fator que contribui para o seu alastramento: o silêncio. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.

    Ainda nos dias de hoje, existe uma crença, muito difundida em nossa sociedade, de que o suicídio seria, de certa maneira, “contagioso”. Por essa lógica, falar ou dar audiência para o tema teria uma influência negativa, incentivando o suicídio entre pessoas com tendência à depressão. A essa ideia deu-se o nome de Efeito Werther, uma referência ao romance de Johann Wolfgang von Goethe, chamado de Os Sofrimentos do Jovem Werther. Lançado em 1774, a obra narra as desilusões amorosas do personagem, que o levam ao suicídio. Após a publicação do livro, teria ocorrido uma onda de suicídios na Europa, que foi atribuída à influência da obra sobre os leitores.

    COMO EVITAR? O primeiro passo é mostrar a todos a gravidade da situação. O suicídio está mais próximo de nós do que imaginamos. O Suicídio é um problema de saúde pública. Crianças e adolescentes suicidam-se cada vez mais e os familiares e as pessoas próximas devem observar mudanças de comportamento para evitar o pior. “Aquele jovem que deixa de se relacionar com os amigos e passa a ficar mais isolado, a ficar mais tempo em casa, deve ser observado com carinho e atenção. O idoso que começa a distribuir seus bens, a preparar seu testamento, também merece cuidado”, alerta o conselheiro federal e psiquiatra Salomão Rodrigues. A ideação suicida é um importante preditor de risco para o suicídio, sendo considerada o primeiro "passo" para sua efetivação. Assim, a decisão de cometer suicídio não ocorre de maneira rápida, sendo que, com frequência, o indivíduo que comete o suicídio manifestou anteriormente alguma advertência ou sinal com relação à ideia de atentar contra a própria vida. Da mesma forma, existe uma grande probabilidade de, após uma primeira tentativa de suicídio, outras virem a surgir, até que uma possa ser fatal. A depressão é o transtorno mental mais comum entre as pessoas que cometem suicídio. Depressão, ansiedade e outros distúrbios têm tratamento. Por isso, é muito importante que se busque ajuda profissional. Também é preciso desmistificar a questão da terapia e do tratamento psiquiátrico. É totalmente normal, quando se passa por um problema do tipo, que se procure por profissionais capacitados, que saberão a melhor maneira de lidar com a situação. Quando não temos a força para viver, podemos buscar ajuda para não morrer! Divulgue a campanha de prevenção do suicídio entre os seus amigos e ajude a salvar vidas!


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Postado por:

Samira José Turconi

Samira José Turconi

Samira José Turconi é bioquímica, sócia-fundadora da Associação Médico-Espírita da Serra Gaúcha, do Centro Espírita Allan Kardec e expositora da Doutrina Espírita.

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