A vida reforça, a cada dia que passa, um ensinamento que aprendi através dos exemplos do meu pai. Meu pai sempre foi cauteloso quando se trata de pedir algo emprestado, seja dinheiro ou qualquer outra coisa. Parece que ouço ele comentar... “Quando estiver usando algo de outra pessoa, cuide melhor do que se fosse seu”

    Nem sempre vamos conseguir ter tudo o que precisamos, e nem sempre valerá a pena comprar uma ferramenta para usar apenas uma vez, sendo que depois não será mais usada. É nessa hora que a gente lembra de um amigo que possui aquela ferramenta, e que não hesitaria em nos emprestar. Acontece que no momento em que ele nos emprestar, estará confiando algo de muita utilidade para ele.

    Pegou emprestado? Devolva! Mais do que isso... Cuide melhor do que se fosse seu, e devolva, no mínimo, nas mesmas condições. Confesso que não gosto muito de emprestar as minhas ferramentas, meu carro... Muitas vezes me julgo egoísta por isso. Mas creio que tem coisas que a gente batalha para conseguir, e muitas vezes vem alguém que a gente sabe que não faz nada além de viver às custas dos outros, e realmente pessoas assim não me motivam a confiar a elas as coisas que batalhei para ter.

    Agora quando se trata de uma pessoa que batalha e que cuida das coisas, eu confio e empresto, porque sei que ela cuidará como se fosse dela e eu sei como são as coisas dela...

    Quando a questão é dinheiro a situação muda de nível, e aí é preciso muita sabedoria e cuidado, tanto para pedir emprestado quanto para emprestar. Em todos os livros que li, sobre independência financeira, uma regra sempre é comum: Resolva as dívidas, ninguém prospera devendo.

    Emergências de saúde é algo que ninguém está livre, e talvez seja uma situação que eu pediria ou emprestaria, para todas as demais situações sugiro calma e sabedoria para tomar a decisão.

    Meu pai sempre disse: “dê o passo conforme a perna alcança” e por mais simples que seja esse seu ensinamento, exige muita sabedoria para colocar em prática nos dias de hoje.