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15/05/2023
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M Ã E

    Depois que partistes, minha vida, acho, que agora é assim: de um lado a poesia, o verbo e a saudade; do outro a luta, a força e a coragem para chegar no fim. E o fim é belo em razão do reencontro, porque, aquele que inventou a distância, não conhecia a dor da saudade.

    Mãe debruço-me na sua ausência como se o vazio dotado fosse de ombros muito largos repletos de calor e, pudessem me ouvir ao relento a acarinhar a dor mais sensível para compensar a falta que Você nos faz.

    Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, quem sabe no final do firmamento, bem longe, muito perto de Deus, cara Mãe, contempla esse mesmo céu, a mesma estrela, igual saudades.

    Saudades é não saber. Não saber o que fazer com os dias que parecem não mais findar. Não saber como encontrar outros afazeres que possam cessar insistentes pensamentos. Não saber frear as lágrimas diante de uma música, não saber vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

    Saudades Mãe é amar um passado que ainda não passou. É recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que próximo de ti nos convida.

    A eternidade impede que te vemos, mas não impede nossos sentimentos de saudades, pois a distância pode separar as visões, mas nunca os corações.

    Sua ausência nos causa profunda tristeza, só compensada pelas alegrias de tua existência a ser venerada em cada ato, um momento; em cada momento, um pensamento; em cada pensamento uma saudade; em cada saudade a dor da tua falta.

    Num deserto sem água, numa noite sem lua, numa terra nua, por maior que seja o desespero, nenhuma ausência é mais profunda que a tua. Nada pode substituir o calor de um beijo na face. Mesmo assim, pensamentos podem cruzar a distância e levar sorrisos e abraços, todos de lembrança.

    De teus filhos, a todas as Mães, independente dos motivos, que estão ausentes, só saudades, como se fossem águas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de tua ausência. Parabéns Mães. São incomensuráveis vossas presenças.

    A nossa, não tem outro jeito. Quando a saudade não cabe mais no peito, ela transborda pelos olhos.


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Postado por:

Flavio Green Koff

Flavio Green Koff

Flávio Green Koff é Advogado, Pós-Graduação Lato Sensu em Gerente de Cidade – “City Manager”, pela Fundação Armando Álvares Penteado, concluída em novembro de 2002.

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