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A realidade da nossa política
O Brasil é assunto diário em todas as rodas de conversas. Todos nós temos uma opinião à cerca do que está ocorrendo na Capital Federal. Fatos que se desenrolam lá, repercutem diretamente no nosso dia a dia! Nestas últimas semanas, as redes sociais enviaram imagens para todo o mundo sobre a fase política em que estamos atravessando. Quando a sociedade se desorganiza, os valores ético-morais encontram-se em decadência, por haverem perdido ou desvirtuado os seus pilares de sustentação. As Instituições, neste momento, experimentam desequilíbrio e o respeito pelo homem, pela sua dignidade, pela vida, cede lugar à agressão, aos desajustes, ao crime e até mesmo à repressão. Predominando, no homem, a natureza animal em detrimento de sua natureza espiritual, os instintos agressivos ainda são dominantes em seus atos, impedindo que se instale em seu íntimo o amor fraternal que induz ao Bem comum, levando-o, ao contrário, ao egoísmo e à arrogância, fazendo com que busque o poder para dominar seus semelhantes.
A busca da liberdade, no ser humano, é tão natural como o é a busca da luz pela planta. É seguramente o anseio pela liberdade um dos impulsos mais fortes dentre os experimentados por todos os que têm a capacidade de sentir. Todo Estado que se autoproclama democrático não pode deixar de trazer em sua carta política esse direito, pois, se assim fizesse estaria caindo em contradição. Este direito está em pé de igualdade com outros, como o direito à saúde, à educação, à transporte, à internet etc. Na questão 837 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec indaga: “Que é o que resulta dos embaraços que se oponham à liberdade de consciência?” E os Benfeitores da Humanidade dão como resposta: “Constranger os homens a procederem em desacordo com o seu modo de pensar, fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.”
Deolindo Amorim, ressalta em seu livro: O Espiritismo e os Problemas Humanos que “Se, na realidade, o cristão ficasse apenas na fé, rezando e contemplando o mundo à grande distância, sem participar do trabalho de transformação do homem e da sociedade, jamais a palavra do Cristo teria a influência ponderável. O verdadeiro cristão, o que tem o Evangelho dentro de si, e não apenas o que repete versículos e sentenças, não pode cruzar os braços dentro de um mundo arruinado e poluído pelos vícios, pela imoralidade e pelo egoísmo. Alterar essa estrutura social que fomenta o egoísmo em todos os grupos sociais é providência urgente.”
A evolução é inevitável, porque faz parte dos mecanismos da Vida e o Espiritismo tem como meta prioritária a transformação moral do ser humano para melhor e por consequência a transformação da sociedade inteira. É certo que tal fato só será vivenciado, quando o homem se fizer melhor interiormente, trabalhando com afinco e estabelecendo metas de engrandecimento ético- moral, mediante aos quais despertará para os valores reais da vida e, portanto, para a solidariedade, o amor e a justiça.