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27/06/2025
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Consignado CLT é mais uma armadilha para o trabalhador

Alerta foi da Deputada Federal Any Ortiz

Desde o início, quando o governo Lula anunciou o “consignado CLT”, eu alertei: era uma promessa que não se sustentava. Venderam a ideia de um crédito barato, acessível e que ajudaria o trabalhador a sair das dívidas. Mas a realidade foi bem diferente.

Agora, os próprios dados oficiais do Banco Central comprovam o que a gente já sabia: os juros do consignado CLT explodiram! Em vez de reduzir os juros em 40%, como prometeu o governo federal, a linha de crédito provocou um aumento nas taxas. Em alguns casos, os juros ultrapassam 15% ao mês! Isso mesmo: o trabalhador que acreditou na propaganda está pagando taxas equivalentes ao rotativo do cartão de crédito, uma das modalidades mais caras e abusivas do mercado.

Tudo isso acontece em meio a um cenário de inadimplência recorde no país. Segundo a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), a inadimplência nacional chegou a 43,36%, o maior índice já registrado. Nesse ritmo, em breve, metade da população adulta estará com dívidas atrasadas. Isso é resultado direto da combinação de juros altos, inflação persistente e perda do poder de compra das famílias.

O mais absurdo é que o trabalhador está pagando juros para usar um dinheiro que já era seu: o próprio FGTS! Uma medida que deveria proteger e aliviar virou mais uma armadilha, que só aumenta o endividamento de quem mais precisa de ajuda. E tem mais: se o trabalhador for demitido, o banco fica com parte do saldo do FGTS para quitar a dívida. Ou seja, ele perde o emprego e ainda perde a única reserva que tinha.

O governo tenta vender uma medida como benefício, quando, na prática, só beneficia os bancos. Isso não é ajuda, é uma armadilha! E o trabalhador, sufocado pelas dívidas e sem ferramentas para analisar o custo real desses empréstimos, acaba caindo nessas promessas ilusórias.

Por isso, sempre defendi, e continuo defendendo, a inclusão da educação financeira nas escolas desde as séries iniciais. O Brasil precisa formar cidadãos conscientes, capazes de tomar decisões responsáveis e se proteger dessas armadilhas.

Como vereadora e deputada estadual, lutei pela inclusão da educação financeira nas redes municipais e estaduais. Agora, como deputada federal, sigo nessa missão. Na semana passada, demos um passo importante: aprovamos na Comissão de Educação da Câmara o projeto que inclui a educação financeira no ensino fundamental e médio em todo o Brasil.

É uma etapa fundamental, mas ainda temos um caminho até que o projeto vire lei nacional.

Levar educação financeira para a sala de aula vai muito além de ensinar a economizar ou fazer contas. É preparar as futuras gerações para administrar melhor seus próprios recursos, planejar o futuro, evitar o endividamento e, principalmente, entender que o dinheiro público não é do governo, é da sociedade.

Com mais consciência, o cidadão passa a cobrar mais responsabilidade de quem governa, exigir políticas públicas mais justas e se proteger de medidas como essa do consignado CLT, que só favorecem os bancos e pioram o endividamento das famílias brasileiras.


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