Talvez você já tenha feito perguntas como estas: De onde vim ao nascer? Para onde irei depois da morte? O que há depois dela? Por que uns sofrem mais do que outros? Por que uns têm determinada aptidão e outros não? Por que alguns nascem ricos e outros pobres? Alguns cegos, deficientes físicos e mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos? Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?

    No entanto, a maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Quando tudo vai bem em suas vidas, elas nem se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a um templo, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todas as pessoas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo será um desencargo de consciência, para estar bem com Deus. Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte. Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa - fatos que podem acontecer na vida de qualquer pessoa – essas pessoas não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentarem o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero. Onde se encontra a solução? Há uma doutrina que atende a todos estes questionamentos. É o Espiritismo. O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima para melhor. A Doutrina Espírita colabora propondo uma educação para a liberdade, para a autonomia do ser. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, há a explanação sobre quais são as qualidades essenciais para praticarmos a doutrina espírita no dia a dia, e nos melhorarmos moralmente, através do esforço pessoal da inibição dos nossos vícios e despertamento das nossas virtudes. Dessa maneira, se você quer continuar a desenvolver qualidades voltadas para o bem, se quer melhorar a si mesmo, se quer amealhar os bens para o Espírito imortal seguem algumas instruções conforme está descrito neste capítulo: O Espiritismo deve ser compreendido como a aplicação dos ensinamentos que Jesus nos ensinou, cumprindo a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza, consigo e com seus semelhantes. Interrogando a consciência sobre seus próprios atos, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara que lhe fizessem. Deve, em primeiro lugar, buscar superar suas más inclinações e perceber que nada do que viveu foi castigo e sim aprendizado. Deve, a cada dia, buscar verificar e corrigir suas próprias imperfeições e trabalhar incessantemente em combatê-las. Essas são as questões fundamentais da nossa vida, uma vez que a existência física tem como principal meta a evolução de cada um de nós.