Às vezes, parece que o controle de nossa vida, escapa das nossas mãos. São tantas as preocupações, no dia-a-dia, que se não paramos para refletirmos sobre situações nas quais somos envolvidos e quando nos damos contas, o fato já tomou um rumo que exige muita reflexão. Em muitas ocasiões, a utilização de uma palavra mal compreendida ou mal interpretada modifica todo o sentido de uma conversa amistosa entre pessoas. Sabemos que estamos no século da velocidade e não gostamos de perder tempo. Porém, a velocidade altera a afinidade dos relacionamentos, traduzindo-se, muitas vezes, em angústia e aflição. Tudo isso por falta do lubrificante da paciência, que podemos obter ao bom preço de um pouco de tolerância e compreensão.

A Doutrina Espírita nos explica que as dificuldades, surgidas nos relacionamentos sociais, são empecilhos momentâneos do aprendizado do amor. É na relação social que encontramos situações de pessoas que se encontram para o exercício das virtudes pregadas por Jesus. Encontramos pessoas que convivem diariamente, mas apenas se aturam, e até mesmo, se detestam, chegando, às vezes, a se odiarem. Normalmente as inimizades que trazemos do passado, nos convidarão, em algum momento, a resolvermos esse antagonismo, no seio familiar, no trabalho, na escola ou na sociedade em geral. Como as vibrações do planeta em transição encontram-se alteradas; as redes sociais, os aplicativos de mensagens e de postagens acabam sendo utilizados para aumentar ainda mais a perturbação nos relacionamentos sociais. São mensagens de descrédito, de baixa autoestima e de textos que agravam as amizades e o entendimento sobre determinado assunto. Essa dificuldade não acontece somente nas questões materiais, sociais, afetivas e emocionais, mas, sobretudo, nos assuntos de ordem espiritual. Em todos os obstáculos por vencer e em todas as sombras por extinguir perseveremos na paciência a serviço do coração. Aí verificamos a exortação necessária feita por Jesus: “Orai e vigiai para não cairdes em tentação.” (Mateus 26) Assim é, que devemos estar atentos a todas as nossas atitudes, a todas nossas palavras, numa vigilância permanente dos nossos pensamentos para que não venhamos cair em ciladas armadas pelos nossos inimigos encarnados e desencarnados. De conformidade com os ensinamentos de Jesus, Allan Kardec, em sua obra “O Livro dos Espíritos”, na questão 459, onde pergunta aos Benfeitores da Humanidade: “Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?” E, obtém como resposta: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.” Assim é, que devemos estar atentos a todas as nossas atitudes, a todas nossas palavras, numa vigilância permanente dos nossos pensamentos para que não venhamos cair em ciladas armadas pelos nossos inimigos encarnados e desencarnados. Sabemos que são as dificuldades de convivência em sociedade que servem para aprendermos a valorizar os relacionamentos. Por isso, num planeta de provas e expiações, como é a nossa Terra, onde nos defrontarmos, com afetos e desafetos, devemos agir para fortalecer os bons relacionamentos e transformarmos os maus em relacionamentos pacíficos e amistosos. Não vivemos isolados, mas em sociedade; e se quisermos a paz e a felicidade para nós, temos que estabelecer condutas calcadas na paciência, na tolerância e no amor fraternal, contribuindo, assim, para a melhora energética da sociedade em que vivemos.