A maior de todas as buscas humanas é, sem sombra de dúvida, a busca pela felicidade. Muitos são os caminhos trilhados pela Humanidade ao longo da História, mas um só é o grande objetivo de todas as criaturas pensantes na Terra: ser feliz! Já paramos para pensar que ser feliz pode ter mais com um processo de construção, como uma arte, do que com um conjunto de circunstâncias e acontecimentos esperados? Pode parecer muito estranho falar em felicidade num mundo como este, com guerras, fome e em meio a tanta violência e corrupção! Quem assim vive, busca o estado de plenitude através de um conceito construído pela visão materialista da felicidade. Porém esse princípio é muito perigoso porque coloca a felicidade na dependência de fatores que, na maioria, estão fora do nosso controle: riqueza, beleza e saúde física, poder, sucesso, fama. Hoje, nós podemos ter um desses elementos e amanhã, não! Na atualidade, onde o pensamento atingiu o período tecnológico, estabelecendo a chamada “sociedade de consumo”, a felicidade torna-se a busca incessante da aquisição e renovação dos bens materiais. É necessário possuir tudo o que é oferecido pela mídia; criam-se nas pessoas novas necessidades fundamentadas unicamente no desejo dos fabricantes de vender seus produtos. As pessoas se sentem obrigadas a seguirem essas tendências, mesmo que não percebam, tornando-se infelizes e desesperançadas. Ao contrário do homem feliz, essa prática, atormenta-o, por fazê-lo escravo dos bens materiais. Com certeza não são as coisas que nos trazem a felicidade. Temos que lembrar que “a felicidade não é uma estação, na viagem da existência; é uma maneira de viajar”. A Doutrina Espírita nos esclarece de forma muito racional e objetiva, a maneira de encontrarmos a felicidade dentro de nós mesmos. Aí, encontraremos a semente da verdadeira felicidade, o amor verdadeiro, o amor que transcende a matéria e nos coloca em comunhão com o Divino. Todos nós devemos construir a felicidade, combatendo os sentimentos decorrentes das duas chagas da Humanidade: o orgulho e o egoísmo. Quando aceitamos a nossa condição de aprendizes e não de mestres, as dificuldades continuaram existindo, mas a nossa percepção as conduzirá à sua verdadeira importância.

    A arte de ser feliz é uma conquista individual, porque não é dada gratuitamente e cabe a cada um de nós, alcançá-la. “O maior desafio da vida é descobrir quem você é; o segundo é ser feliz com quem você encontrar.”