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15/08/2025
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Nostalgia

    Quando pessoas de uma mesma faixa etária se encontram, a conversa se direciona para a nostalgia, relembrando coisas, hábitos, ou crenças do passado, o assunto rende e a saudade se chega de mansinho.

    Não faz muito tempo, durante o trabalho, eu e mais alguns colegas nos permitimos abrir espaço para que a prosa ganhasse vida pela estrada do passado e relembramos várias coisas que mudaram entre o período da nossa infância até agora.

    Dois assuntos nortearam a caminhada: os tipos de balas e os chuveiros ou, mais propriamente, os banhos. Incrível como esses assuntos rendem conversas que prendem a todos. Hoje a diversidade de balas ou chuveiros é enorme, mas conforme voltamos no tempo vamos afunilando os gostos e, quanto mais a prosa vai se filtrando, mais vamos nos direcionando para "gostos" comuns.

    Obviamente que quando voltamos, nos deparamos com uma realidade muito parecida, embora cada um tenha vivido em regiões tão distintas, ou até mesmo cada um sendo de uma cultura diferente. As opções eram praticamente as mesmas, os mesmos doces, as mesmas brincadeiras, os mesmos trabalhos, as mesmas opções de roupas... Entendo porque tem tanta gente que se identifica com as coisas que eu escrevo. Mexer com as memórias nos remete a tempos que, mesmo difíceis, nos deixaram saudades.

    Não importa de qual época você seja, as suas lembranças são seus tesouros, e sim, as pessoas entendem e respeitam isso. Só não entenderá aquele que não viveu algo parecido. No fundo todos nós temos um baú grande de coisas que de vez em quando é bom revisitar.

    Quando mexemos nos "nossos guardados" encontramos explicações tão óbvias que justificam o caminho pelo qual chegamos até aqui. Parece que tudo fica mais claro e mais valioso.. Talvez esse seja o segredo para os momentos de dúvidas. Abrir a memória e voltar ao tempo da bala soft, ao velho banho de sanga, às brincadeiras da infância … Quando fizemos isso vamos ao encontro da nossa essência, e na volta dessa viagem estamos renovados e motivados. E como disse um de meus amigos ao final de nossa conversa: Sobrevivemos!


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Postado por:

Jácson Lusa

Jácson Lusa

Tradicionalista, poeta, pesquisador, comunicador de rádio e cursando bacharelado em adm. de empresas.

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