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15/08/2025
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A impunidade dos ímpios

     Embora possa parecer que os ímpios prosperam e escapam da punição, temos a certeza de que a justiça de Deus prevalecerá, e a impunidade deles é apenas temporária. Sabe aquela sensação de impunidade, pelos “desmandos” alheios, que vez por outra nos acomete? E que nos dá um horrível sentimento de indignação e revolta? Pois é, a justiça a respeito dessas coisas pode até tardar, mas não falhará!

    No Espiritismo, a impunidade dos ímpios é entendida como uma ilusão temporária, pois a Lei Divina, denominada Lei de Causa e Efeito, garante que cada ação, boa ou má, gera consequências correspondentes. Embora a justiça humana possa falhar, a justiça divina, atuando através da reencarnação e do sofrimento como expiação, assegura que ninguém escapa das consequências de suas escolhas.

    Allan Kardec, em sua obra “O Céu e o Inferno, esclarece sobre as penas futuras segundo o Espiritismo. Ele afirma: “O espírito sofre pelo próprio mal que fez, de maneira que, estando sua atenção concentrada incessantemente sobre as consequências desse mal, compreende melhor os inconvenientes e é motivado a corrigir-se. A punição varia segundo a natureza e a gravidade da falta; a mesma falta pode, assim, dar lugar a punições diferentes, segundo as circunstâncias atenuantes ou agravantes nas quais ela foi cometida. Sendo a justiça de Deus infinita, é mantida uma conta rigorosa do bem e do mal; e não há uma única má ação, um único mau pensamento que não tenha suas consequências fatais.”

    Quando Jesus disse “Sede perfeitos”, ele sabia das dificuldades humanas, mas sabia também, que somente nas lutas da vida em mundos materiais, pode o Espírito imortal, pela sua perfectibilidade, fazer sua evolução, através das experiências, no desenvolvimento da inteligência e da moralidade, sempre com o amparo dos que estão em graus mais elevados. Nós sabemos que, pela mesma destinação da Terra, lidamos com homens maus e perversos; que as maldades com que nos defrontamos fazem parte das provas que nos cumpre suportar; e se compreendemos dessa maneira, torna menos amargas as vicissitudes que devemos enfrentar. Daí entendemos que as provas são necessárias para a nossa evolução e do mesmo modo que os homens maus que conosco convivem também servem de instrumentos para a nossa perseverança no Bem, exercitando a paciência e a resignação. O Espiritismo define o bem como tudo aquilo que está em harmonia com a lei de Deus e o mal como o que dela se afasta. Assim, a prática do mal, mesmo que não seja punida pela justiça humana, gera consequências negativas para o indivíduo no futuro. Mesmo que um indivíduo pareça impune aos olhos humanos, a lei divina garante que ele enfrentará as consequências de seus atos, seja nesta vida ou em outra. Essa é a Lei de Causa e Efeito, mostrando a Justiça infinita de Deus.


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Postado por:

Samira José Turconi

Samira José Turconi

Samira José Turconi é bioquímica, sócia-fundadora da Associação Médico-Espírita da Serra Gaúcha, do Centro Espírita Allan Kardec e expositora da Doutrina Espírita.

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