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Selva humana
O leão quando quer impor seu poder sobre um outro animal, ele corre atrás, pega e o devora. Já quando se vê acuado ou enfrenta um desafio que julga estar à sua altura ou acima dela, ele ruge... Ruge o mais alto que pode, tenta demonstrar toda sua força sem precisar usá-la.
Não é diferente entre os seres humanos, com algumas exceções é claro. Existem pessoas que, ao estarem em uma situação que lhes concede poder, passam por cima das opiniões, negligenciam sentimentos alheios, não se importam com sonhos e necessidades dos outros. Mas não é incomum, encontramos essas mesmas pessoas, sorrindo, sendo camaradas, sendo cordiais com pessoas que detém um poder parecido com o dela ou maior.
Diria que com os “menores” são “leões”, com os “leões” são “gatinhos”.
São portadores de dois comportamentos? São os populares chamados de “duas caras”? Não sei, mas arriscaria dizer que não são nenhuma coisa nem outra, são apenas seres humanos que não conseguiram evoluir o suficiente para saber que o poder é algo passageiro, e sendo assim, não sustentará sua arrogância por muito tempo. O fato de serem submissos aos que detém um poder maior, demonstra o quanto ainda precisam entender sobre seu real valor, e o fato de abusarem do poder perante as pessoas demonstra o quanto lhe falta conhecimento sobre o valor do outro.
Quem conhece seu valor não usa da arrogância e do poder para conquistar nada, usa da autoridade que é bem diferente. Quem conhece seu real valor não se sente menor do que ninguém, se sente fazendo parte do todo e sabe de sua importância para os demais, para o ambiente e para o sucesso de todos.
Na selva humana, não é necessário rugir, nem pisar, nem se “apequenar”. Somos todos iguais, importantes, necessários, complementares. O ser humano precisa ainda evoluir para um dia deixar de ser leão. Quem sabe um dia seremos abelhas, trabalhando em conjunto e fazendo algo que faça sentido para a vida e para a humanidade.
Vamos à luta, pois os “leões” e os “gatinhos” estão à solta. Não se espante com rugidos, nem confie em tapinhas nas costas... Qualquer um desses gestos, não passam de disfarces, de alguém que está prestes a te fazer esquecer quem você realmente é. Você vale muito mais do que pensa, e muitos tentarão diminuir sua capacidade de entender isso.