Os nossos pensamentos podem ser jatos de luz ou impulsos de trevas, sementes do bem ou convites ao desequilíbrio. Depende da educação e da disciplina que já granjeamos na escola da vida a qualidade que emprestamos aos nossos pensamentos. A realidade é que orar e vigiar, como nos propõe o Evangelho, na lavoura das ideias, é dever sagrado de cada dia. As correntes mentais inferiores, intercruzando o espaço, no Universo, e se ajustando, por sintonia, com as pessoas, é que impulsionam os países às calamidades, aos grandes desacertos financeiros, estimulam as maiores promiscuidades, os desajustes dos lares e os desleixos morais, por entorpecer as mentes e levá-las às mais baixas vibrações.

    O pensamento é, portanto, nosso cartão de visita. Com ele, representamos, conforme nossos próprios desejos, a harmonia ou a perturbação, a saúde ou a doença, a intolerância ou o entendimento, a luz dos construtores do bem ou a sombra dos carregadores do mal. No livro Roteiro, a mensagem “Nos círculos da matéria”, Emmanuel assim se expressa: “A energia mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões. Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos.”

     A escolha cuidadosa das nossas leituras também é uma forma de vigilância mental. Em geral, lê-se demais, lê-se depressa e não se medita. Seria preferível lermos menos e refletirmos mais no que se leu. É um meio seguro de fortalecer nossa inteligência, de colher os frutos de sabedoria e beleza que podem conter nas nossas leituras. Nisso, como em todas as outras coisas, o belo atrai e gera o belo, do mesmo modo que a bondade atrai a felicidade, e o mal atrai o sofrimento. E todas essas escolhas compõem o nosso pensamento.

     Estamos em uma época de confusão, de guerras, de corrupção, de violência. Estamos vivenciando a mudança dos tempos sem que isso possa ser considerado uma regressão dos valores adquiridos. É porque a mente humana está, por Lei de Progresso, cedendo à Mente Divina. Nunca fomos tão bafejados por tanta luz. A hora é de decisão, de perseverança e de fé! Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. Assim, ajudemos as forças invisíveis do Bem na educação da nossa mente, na disciplina dos nossos pensamentos, na ordem das nossas ideias e seremos conduzidos a tempos melhores onde somente o Bem prevalecerá!